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terça-feira, 16 de julho de 2013

Vidigal acolhe os símbolos da Jornada



Texto: Nice Affonso, do Portal da Arquidiocese do Rio
Foto: Thuany Sousa Santos

Nesta segunda-feira, 15 de julho, os Símbolos da Jornada abençoaram o Vidigal. A manhã foi de muita emoção para os jovens, mas também para os mais idosos, que, diante da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora, dados à juventude pelo Beato João Paulo II, puderam recordar as emoções da visita do Papa que mudou a história da comunidade na década de 80. Os símbolos da Jornada ainda percorreram a orla carioca, com parada em Copacabana — cenário da missa de abertura e da Via Sacra, que contará com a presença do Papa Francisco — e foram até o Largo do Machado.

Muitas pessoas, ansiosas, aguardavam na praça de subida do Vidigal pela chegada dos símbolos. Ao vê-los, e diante da possibilidade de tocá-los para apresentar a Deus suas orações, emoção e recordação do passado somaram-se à fé dos fieis. Os sacramentais, para esta comunidade, adquirem um significado ainda mais importante por terem sido deixados aos jovens pelo então Papa João Paulo II, que, com sua visita à localidade em 1980, chamou a atenção da sociedade para as necessidades da região, transformando, assim, a vida dos seus moradores.

— João Paulo II percorreu as pequenas ruas e subidas de nosso Vidigal, buscou aqui uma oportunidade de rezar na pequena capela, conhecida carinhosamente como a Capela do Papa, e quis encontrar-se com o povo humilde e sofrido em sua própria realidade. Nesse gesto do Papa João Paulo II vemos representada toda a Igreja de Cristo, que sempre manifestou um amor preferencial pelos mais pobres, recordou o Frei Alessandro Dias, pároco da Igreja Santa Mônica, que atende a Capela Nossa Senhora da Consolação.

Para Luiz Alberto Correia e Castro, que afirma ter trabalhado zelando pela segurança do Papa, junto com a Polícia Federal, João Paulo II foi mais do que apenas a personalidade mais ilustre que já esteve na Comunidade. Ele foi alguém que chamou a atenção do mundo para as necessidades dos mais carentes e que motivou uma verdadeira e intensa mudança, tanto na mentalidade das pessoas, quanto nas questões sociais existentes no Vidigal.

— Onde é a capela havia uma vista muito boa, que deixava ver a comunidade e também o Leblon, Copacabana e Arpoador: do lado esquerdo, aquela riqueza toda, e do direito, aqueles barracos com vala negra. Foi uma coisa impressionante o que o Papa viu! E, diante disso, o que ele falou ficou muito marcado. Ele afirmou que o povo deveria ter dignidade, porque, independente do lugar em que se vive, é possível fazer muitas coisas boas. Não é porque o lugar não é bonito que se deve deixar de fazer alguma coisa boa. Foi aí que houve o crescimento grande: as pessoas colocaram na cabeça que seria possível melhorar e começaram a correr atrás dessas melhorias. E, hoje, a gente vê o local totalmente urbanizado e as famílias com a maneira de viver melhor. Há 40 anos trabalhando na evangelização, percebo que a mudança que houve aqui foi sensacional! A tristeza que nós tínhamos, ao entrar numa casa, naquela época, hoje não existe mais, porque a gente encontra crianças sadias, famílias felizes, apesar de todas as turbulências, testemunhou.

A alegria pela acolhida dos símbolos, de acordo com a juventude local, está no fato de a comunidade poder continuar a fazer história com a Igreja, para deixar para as gerações futuras:

— É muito emocionante este momento porque pode ser único na vida de um jovem, já que a gente não sabe se vai poder viajar para ir em outra Jornada... Eu acredito que a graça que a gente vai receber é a de os jovens ficarem mais próximos da Igreja, que precisa deles, da sua alegria... E a gente vai vir com tudo, para fazer uma Jornada bonita para todos, afirmou Maria Isabel Carvalho da Souza Santos.

— Acho que a grande intenção da JMJ é trazer os jovens para a Igreja Católica. Especialmente aqueles que estão perdido no mundo de hoje, usando drogas, partindo pra violência... A gente quer trazer os jovens para conhecer Jesus e isso faz diferença, disse Clarissa Almeida Pinho, de 13 anos.

Ao descer do Vidigal, os Símbolos da Jornada seguiram em peregrinação pela orla, fazendo uma parada em Copacabana – cenário da missa de abertura da JMJ Rio2013 e da Via Sacra, surpreendendo os banhistas e possibilitando a eles um momento de oração no meio do seu tempo de lazer.

Em seguida, a peregrinação seguiu para o Largo do Machado, onde os Símbolos ficaram expostos para a veneração em praça pública, onde a Comunidade Shalom conduziu um momento de evangelização também por meio das artes cênicas.

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