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sábado, 6 de julho de 2013

Símbolos da Jornada Mundial da Juventude chegam a Santa Cruz


Por: Raquel Araujo, do Portal da Arquidiocese do Rio
Foto: Pascom São José


Foram quase dois anos de espera para que os símbolos da Jornada Mundial da Juventude chegassem ao Rio de Janeiro. A cruz e o ícone de Nossa Senhora foram recepcionados no Brasil, pela primeira vez, na Arquidiocese de São Paulo, em 18 de setembro de 2011. Exatamente um ano e dez meses depois, dando inicio à contagem regressiva para o maior encontro de jovens do mundo, os símbolos entraram nos limites do município do Rio de Janeiro neste sábado, 6 de julho, e seguiram direto para Santa Cruz, zona Oeste da cidade.
A escolha do bairro para iniciar a peregrinação dos símbolos pela Arquidiocese do Rio não foi à toa.  Santa Cruz já foi um latifúndio pertencente aos jesuítas e era chamado Fazenda Santa Cruz.  Também no local foi fixada a primeira cruz da Cidade Maravilhosa.

— É com muita alegria que o carioca esperou por vinte e dois meses a chegada dos símbolos na nossa cidade. Durante todo esse tempo, cruz e ícone peregrinaram pelo Brasil e, finalmente, chegaram ao Rio. O que queremos é ver um momento de muita alegria, de muito júbilo. É um momento muito especial porque são os simbolos deixados pelo beato João Paulo II e estes símbolos são verdadeiras reliquias no meio de nós, afirmou o diretor do setor Pré Jornada, padre Jefferson  Merighetti.

Olhos atentos exalando ansiedade. Desde cedo os jovens se reuniram na Paróquia São José aguardando a chegada dos ícones. A expectativa era grande e a reação a cada toque nos símbolos não poderia ser outra senão uma profunda experiência com Deus.

Vindos da diocese de Itaguaí, os símbolos da juventude católica chegaram logo cedo para uma rápida recepção no interior da Paróquia e, logo em seguida, seguiram em procissão pelas ruas de Santa Cruz até a praça Ruão. Pelo caminho, cantos e louvores. Os morados das casas e prédios próximos foram às janelas, contagiados pela alegria constante de uma juventude que crê em Cristo. Com gritos de "a Jornada é nossa" e " Jesus, eu te amo", os jovens emocionaram até mesmo aqueles que passavam pelas ruas.


Durante a caminhada rumo à praça Ruão, cruz e ícone de Nossa Senhora passaram em frente ao portão da casa de Dayse Santos Dias. Ela acredita que a presença dos símbolos tão perto de sua residência trará inúmeras graças para sua família.
— Que essa cruz consiga resgatar os jovens que estão afastados da Igreja, que eles voltem para perto de Deus e que a vinda destes símbolos da Jornada Mundial da Juventude tragam muitas benção para a minha família. Enquanto eles passavam por mim, eu só pedia a intercessão do Senhor, contou.

Os jovens revezavam-se para conduzir os símbolos. Ao longo dos quase quatro metros da cruz peregrina estava o jovem da Paróquia São José, Leandro Magalhães de Oliveira, que segurava a base do símbolo. Ele afirmou que, apesar do peso, não há esforço que pague estar tão próximo do ícone que já peregrinou por tantos países.

- Acredito que a presença dos ícones aqui vá trazer muita paz para esse bairro. Não pensei que fosse conseguir tocá-los. Para mim, essa cruz representa o começo de uma vida nova, disse.


Os símbolos também pararam em frente ao Hospital Pedro II onde os jovens protagonizaram um belo momento de fé. Com os braços erguidos em direção ao Hospital, todos oraram pelos doentes. Ao chegar à praça Ruão, os jovens de Itaguaí passaram simbolicamente os ícones da JMJ para a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Coube ao Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta conduzir a cruz até o palco junto dos Bispos Auxiliares, mostrando que, além de bispos, também são peregrinos e estão em unidade com a juventude.
Para a paroquiana da Paróquia São Francisco Xavier, em Itaguaí, Ohana Costa a peregrinação dos símbolos é mais uma forma de motivar os jovens a louvarem ao Senhor:

- Foi uma emoção muito grande receber os símbolos na minha diocese e mais ainda  podermos vir aqui ao Rio de Janeiro passá-los adiante. Não só eu, mas tenho certeza de que todos os jovens estão muito motivados e emocionados por estarmos unidos em nome de um só Deus para poder louvar e exaltar o nome do Senhor, opinou.


Após ter participado da recepção dos ícones na diocese de Volta Redonda -  primeira diocese do Estado a receber os símbolos - Dom Orani destacou a alegria de poder receber a cruz e o ícone de Nossa Senhora em sua Arquidiocese.

- Recebemos esses ícones como um sinal e os levamos em missão.  Esses símbolos chegaram na Paróquia São José, patrono da Igreja,  e percorreram a Avenida João XXIII, que ontem vimos a notícia de que será canonizado. Ainda hoje chegam em nossa cidade, a relíquia de João Paulo II, Papa que idealizou a Jornada e que, assim como João XXIII, também será canonizado. Somado a isto, a chegada na região de Santa Cruz, onde a primeira cruz foi plantada recorda todo um passo dos primeiros que aqui viveram. Para nós, é uma alegria muito grande iniciar essa peregrinação, partilhou.

Por meio da pré-jornada, os cariocas poderão fortalecer a vocação cristã e poderão se preparar intensamente para o encontro mundial com o Papa Francisco. Dentro da programação deste primeiro dia de visita dos símbolos, a cruz e o ícone de Nossa Senhora seguiram em carreata para a Igreja Nossa Senhora da Conceição, também em Santa Cruz.  No local, mais festa e animação. Os símbolos foram recepcionados pelo pároco local, padre Jorge Bispo e pelo vigário paroquial, padre Thiago Azevedo.  No local, às 15h, houve também a oração do terço da misericórdia, transmitida ao vivo pela Rádio Catedral.

A projeção missionária da cruz e do ícone de Nossa Senhora são conseqüências do chamado de Cristo. Atendendo a um pedido do Beato João Paulo II, os símbolos da Jornada percorrem o mundo levando uma mensagem de fé e esperança, unindo as nações. E todos aqueles que puderam participar desta primeira acolhida aos ícones da JMJ no Rio de Janeiro também foram chamados a estarem sintonizados com o coração do Senhor. O paroquiano da Igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro de Coqueiro, Marwin Viana ressaltou a unidade dos jovens neste primeiro momento da acolhida dos símbolos da Jornada.

—  O que me motiva a participar desta peregrinação é o amor que eu tenho por Jesus Cristo e pela juventude, por isso quero poder festejar em unidade com os jovens não só da Arquidiocese do Rio, como do mundo todo.  Sou voluntário da Jornada e estou orando para que tudo corra bem, com a Graça de Deus. Essa é uma área muito carente, existem muitos jovens nas drogas, e a vinda dos símbolos da JMJ anima o povo local. Poder ter esse contato com a cruz me traz um avivamento muito grande, ainda mais sabendo que ele passou por tantos países. É uma felicidade enorme,  testemunhou.

De Santa Cruz, os ícones seguiram para a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, onde o Arcebispo Dom Orani João Tempesta presidiu a Eucaristia.

Uma vasta programação foi planejada pelo Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013 e pela Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Nesse período, a cruz e o ícone percorrerão igrejas, órgãos governamentais e militares, universidades, escolas públicas, comunidades, hospitais, casa de medidas socioeducativas aos adolescentes privados de liberdade e lugares onde se encontram jovens em situação de risco social

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